terça-feira, setembro 06, 2005

com urgência, para Saiwalô

Saiwalô, meu bem...
Não sei em que porto andas. Logo hoje, que tirei um folga e queria te ver. Fiz minhas malas e vou viajar. Marcelo não ficou contente, como na maioria das coisas. Amo-o, mas, nunca vi pessoa mais possessiva. Sabe que o amo, mas não adianta! Sempre é paranóico. Às vezes, quero desistir desse amor que tenta me podar. Não serei outra por ele, você sabe.

Entretanto, não é isto que vem ao caso. Andei te procurando, meu bem. Queria te visitar em sua nau, te ajudar a procurar suas baleias. A última vez foi bem divertida, embora suas lágrimas fossem muitas, causando tempestade em alto mar. Não importa, não importa, passar noites de trovoada ao seu lado foi inesquecível.

Não sei se está atracada num porto qualquer ou se já está na caça nesta época quase primaveril. Mas, se receber esta, Saiwalô, pare por aqui. Embarco minhas malas e eu, e passaremos a primavera cortando flores de papel.

Carinho,
Isolda.