sábado, outubro 08, 2005

e as violetas?

Isolda avistou-a de longe. Seus cabelos reluziam à luz do sol e seus belos olhos escuros, daquele azul profundo, parecia, como sempre, refletir o mar.
Sorriu um sorriso leve e acenou. Seus vestidos eram parecidos e entre o campos de violetas, as duas, Isolda e Saiwalô, pareciam misturar-se às flores. Os cabelos longos e pretos de Isolda, presos em um coque, davam a ela um ar interiorano que ninguém nunca achou possível. Os cabelos curtos e bagunçados de Saiwalô davam a ela um ar de cidade que ela nunca tivera.
As duas, ao se encontrarem, não pareciam elas mesmas. Eram outras. Eram liberdade. Os olhos de Saiwalô fitaram, por um momento, os lábios de Isolda. Os olhos pretos de Isolda fitaram as mãos de Saiwalô.

Sem palavras, abraçaram-se. E era como se misturassem em uma única cor, em uma única flor. Deitaram-se sobre o campo: hoje não era preciso inventar flores de papel. Elas eram flor!