Balanços
- Tive um sonho estranho hoje - disse Saiwalô olhando para o céu.
- É? - respondeu Isolda com as mãos dentro d'água.
- Sim, sonhei com Izolita num balanço. Izolita e Pedro. E o balançar deles era como o nosso nesta jangada.
- Como oceano, querida? Seu oceano de inintendíveis romantismos?
- Como despedida, como o final da primavera. Como as flores que morrem na época das chuvas. Acho que eles se amam.
- Não deixe Izolita escutar isso - riram - Izolita é de nós a que mais ama. Ama tanto que em sua vida não há espaço para ninguém além de si mesma.
- O amor de Izolita não é um oceano onde se possa mergulhar. O amor de Izolita é um balanço de assento único.
- Todo amor é como voltar para casa.
- E levar flores de papel como recordação... - Saiwalô deitou no colo de Isolda - Volte no ano que vem - quis chorar - que lhe darei um vasinho de violetas.
contado por Patr�cia @ 1:28 PM
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